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Abdul Alhazred
05:22
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Dez anos vagando no insólito deserto, contemplei o pesadelo de Menfis. Segredos soterrados em ruínas babilônicas a loucura assolou minha mente.
Poderes invisíveis e vozes dissonantes anseiam por vagar neste mundo, Criei um vínculo macabro para acordar o Deus moribundo.
Suas palavras eu escrevi, e condenei aqueles que tentassem ler, O pesadelo que eu vivi, O brilho insano que em meus olhos vi nascer... E morrer.
O Profano Deus que eu vejo renascer, O seu soturno poder, que me aprisiona em sua loucura. Os olhos do abismo, só enxergam o vazio, e aos poucos eu sinto meu corpo ser destruído.
Todos contemplam a maldição que habita no Necronomicon.
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2. |
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O despertar do sono etéreo, sua leitura traz o inferno. Palavras levam ao submundo, ao sono insano de Cthulhu.
Desperte e tome sua coroa, O fim do mundo te espera. Seu reino de apocalipse Liberte as trevas sobre a terra.
Necronomicon, o livro dos nomes mortos, as palavras escritas por Abdul Alhazred, refletem a loucura contida em seus olhos.
Hino que traz o Caos, o Culto da maldição. Deuses que reinam em realidades mortas. Noite eterna nos céus, divina escuridão, os nomes mortos. O horror que o sangue antigo evoca.
O velho e profano chamado, O abismo cósmico em colapso. Portas se abrem para os eons, Vozes que gritam no infinito. Sua leitura traz desgraça, Loucura escrita em palavras. O medo insano que corrompe O frio abraço da morte.
Necronomicon, o livro dos nomes mortos, as palavras escritas por Abdul Alhazred, refletem a loucura contida em seus olhos.
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3. |
Hastur
05:28
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A semente de Yog Sothoth, o emblema amarelo do medo, na canção de sua alma sua voz está morta, as lágrimas perdida em Carcosa. O lago de Hali traz visões de loucura e beleza, e por trás de sua pálida e tétrica mascara se esconde morte e doença.
O anjo caído, o deus dos pastores, o próprio duque do inferno, seu nome evoca Horrores.
Deus impronunciável, nome proibido aos eons, seu manto amarelo carrega o terror do negro cosmo do abismo. Tua coroa carrega a loucura, niilismo e decadência a força de pura entropia o câncer que destrói a vida.
O anjo caído, o deus dos pastores, o próprio duque do inferno, seu nome evoca Horrores.
Hastur...
A perversa lembrança me incomoda, pois não consigo esquecer Carcosa, onde nos céus pairam as estrelas negras, e os pensamentos trazem tristeza. Onde os sóis gêmeos afundam, junto às lágrimas, onde os sonhos evocam o terror por trás da máscara pálida, os podres mantos que trazem o inferno, contemplem Hastur, O rei de amarelo.
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4. |
O medo antigo
04:05
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Eis a abominação, ouço o bater de suas asas, eis a conjuração me arrastando para as trevas com suas garras. A luz de seus olhos é como o fogo do inferno, sussurros que levam ao delírio perpetuo.
Não deveria ouvir suas palavras, abrir o livro e ler suas páginas. Ser levado à loucura que condenou a minha alma.
Ainda sinto o cheiro do sangue antigo, o mártir do cosmo e do abismo, velas acesas, Símbolos necrosam no corpo pútrido.
Janelas cósmicas foram abertas, o pesadelo de outra era, o medo antigo. Gritos que ecoa vindo das trevas.
Trouxe consigo o abismo, terror antigo esquecido, eu cedi a luxuria, entorpecido em prazer e tortura. Eu sei que o fim está próximo, me entreguei à loucura do ópio, as estrelas serão testemunhas, meu sepulcro perante a lua. Voz que sussurra aos ouvidos, em meu braço seu toque tão frio, a vida se esvai em feridas, contemplo o vôo das criaturas malditas...
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5. |
Os Eminentes
05:06
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Luz de energia que emergiu sobre o abismo, O caos em colapso fez existir o infinito. A coroa do cosmo está quebrada e manchada, o brilho das estrelas são suas lágrimas, o mártir do existir.
Não existe resposta, nossas preces vão de encontro ao vazio, não podemos ser salvos, só nos resta o silêncio e o frio. A loucura beijou a criança em seu berço, o começo do fim, e o fim de todo o começo.
O grito do órfão negro no limbo do cosmo, desperta a ira dos antigos, o divino sepulcro dos deuses que agora encontram seus tronos vazios.
As crianças celestes se entorpecem no poder antigo. Os eons choram a tragédia, e esperam nas sombras das eras. O renascer do aborto do cosmo, a volta do filho insólito.
Eis que o sol deixou de existir, No profundo limbo, O caos que se arrasta fez emergir o órfão negro. O filho perdido do tempo, o alento, O delírio eterno do infinito, o mártir dos eons.
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6. |
Azathoth
04:08
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O caos que se arrasta na sombra do tempo, poder e loucura transcendem o alento. Amorfa é a imagem demente e profana, refletem a imunda existência humana.
O abismo celeste, o sepulcro eterno, A vida esvanece à espera do inferno. Ômega negro, medo infinito, o nome que ecoa além do abismo, Caos primordial, a face do sol, além da existência do bem e do mau. O grito insano, que transcende o tempo, a dança nefasta de dor e tormento.
Em sua volta se prostram os eons, disforme matéria, sacrifício divino, imaculada presença que evoca as trevas, existência que surge da natureza perversa.
O cosmo que surge da glória profana, fúria, tortura, desprezo e infâmia. Nome proibido, além do tempo, o equilíbrio divino é o eterno tormento. Caos primordial, a face do sol, além da existência do bem e do mau, o grito insano que transcende o tempo, a dança nefasta de dor e tormento.
Azathoth.
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7. |
Nebro
06:38
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Nebro, o filho do aborto, o órfão do cosmo, o caos que emana do abismo em um mar infinito.
Nebro, a matéria sem vida, o corpo sem alma, As lágrimas nos olhos de Sofia, a luz destruída.
Nebro, a queda dos eons, o mistério que habita, em realidades estranhas até a morte pode ser vencida.
Nebro, o cadáver celeste, a presença da lua, o infinito lamento o hino que traz a loucura.
Não está morto o que eternamente jaz inanimado, o regresso do pesadelo, o oceano esconde o rito negro. A lua sangrenta, as velas acesas a invocação antiga, o sacrifico te chama do abismo e reanima a matéria sem vida.
Contemplo a última e disforme visão do caos, a blasfêmia, A visão do eterno deus morto. O fim traz o medo inenarrável, Apocalipse, o sol negro brilhará de novo.
Ia Ia cthulhu fhtagn.
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8. |
Dagon
06:00
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As lembranças ainda me atormentam, A blasfêmia invoca o silêncio, nem o ópio me livra do tormento, a janela parece a porta pro inferno. As visões, inenarráveis, esboço da loucura, sozinho à deriva numa noite escura, buscando alívio na imensidão do abismo, contemplei o terror que eu fora testemunha.
O mar já não existe, e eu vejo os corpos profanos, por eras sepultados no oceano, a presença do medo em seu âmago. O pesadelo ancestral, a loucura e o terror celestial, o oceano é a morada trivial, Dagon reina trazendo a loucura e o caos.
O fim está próximo, garra apodrecida afundará a terra, o fim da existência, exaurida pela guerra, do negro oceano, Dagon se eleva em meio ao pandemônio.
Tornei-me um fantasma, o vislumbre do passado, me envolvo em desespero, da morfina um escravo. Para suportar as visões do meu pesadelo, Para suportar as visões criadas pelo medo.
Atmosfera do solo e do ar, a imundice viscosa de um infernal lodo negro, os corpos que surgem na imensidão estéril, o silêncio me enlouquece oprimido pelo medo. As visões reveladas pela lua decadente, às disformes figuras cercavam o abismo, seres inomináveis se rastejam em seu leito, a insondável noite eterna, o paraíso perdido.
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9. |
Ômega Negro
04:24
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A força etérea do caos rastejante, uma oração jogada ao abismo, carrega o universo em seus olhos, à vida é o aborto de Nebro.
O entronado órfão do cosmo, O som disforme gritado aos ouvidos, chama vibrante a dança dos aeons, o culto profano pede um sacrifício.
A Ira de Azathoth nos trouxe a vida, o fim está próximo, o cálice fora derramado, às lágrimas de uma virgem corrompida, em ilusão, o tempo fora transformado.
Somos filhos da loucura e do vazio, consumidos em caos, fúria e entropia. Nossas cinzas retornarão ao abismo, somos o fim do mundo que se aproxima.
Escravos de um deus, Ômega negro
O medo inenarrável, Ômega negro
A amorfa presença, Ômega negro
Na sombra de Cronos, Ômega negro
A morta existência, Ômega negro
De sonhos insanos, Ômega negro
O nome perdido, Ômega negro
A estrela sem brilho, Ômega negro.
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10. |
Achamoth
03:43
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Maldito é aquele que olha pro céu, e tenta desvendar o mistério da morte. Maldito é aquele que olha as estrelas, se confortando em sua luz torpe.
O reino de Saklas, O eterno sol negro, Saklas e Yaldabaoth.A morte de Achamoth, a queda dos antigos. Achamoth, o nascer dos arcontes.
Ás lágrimas de Sofia, derramou sobre o véu negro, criando a noite e as estrelas, Presa em seu limbo, mãe eterna dos Arcontes o poder do infinito.
O teu filho Sabaoth, destronou o caído. Sabaoth vingou sua morte. O Sombrio Saklas, entronado do abismo. Saklas, soturno arconte.
Maldito é o Deus que reina em Saturno, a morte da mãe foi sua criação, Maldito poder trouxe Demiurgo, que nos aprisionou em sua ilusão.
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11. |
Asphodel
10:03
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Asphodel, Seu triste destino que nos uniu. Ao olhar pro céu, eu vejo a mentira que nos iludiu.
Asphodel, Estrelas que brilham no morto céu. Asphodel, Teu pálido encanto envolvido em frio.
Onde os mortos encontram abrigo, alívio para os caídos, alento para os feridos, refúgio para os perdidos.
As estrelas são suas planícies, o pálido brilho que leva ao abismo. Sua força etérea entorpece ao chamado do oculto somos seduzidos. Atravesse o véu que nos separa, Eleve sua mente ao desconhecido. O caminho que leva a verdade há muito tempo fora perdido.
Seu grito de horror ecoa no vazio, o chamado que desperta o terror antigo. Seu desejo é o medo, loucura e desprezo. Tua luz é tão morta, quanto o sonho de Nebro.
Eu vejo o imenso céu negro, Teu silêncio, o Vazio do mundo. O insano Deus e seu sono soturno, Teu desprezo só reflete seus medos.
Veja a flor estrela Asphodel, teu brilho insano em meio aos Céus, tua luz é a porta do abismo, grito que ecoa no infinito. O renascer do velho Deus, o antigo medo obscuro, o caos que rasga o véu negro, resplandecer do fim do mundo.
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Vesperaseth São Paulo, Brazil
Vesperaseth é uma banda de Doom/Death metal da cidade de Campinas - SP. A banda Campineira foi formada em 2013 e tem dois trabalhos lançados de forma independente, sendo eles a demo "Réquiem" de 2016, e o Full Lenght "Spectrophobia" Lançado em 2019. Em seus temas líricos abordam temas como: Medo, Morte, Loucura, abandono, terror e fantasia. Muitas letras são baseadas em contos da literatura gótica ... more
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